Discutir ética e comportamento de maneira descolada do contexto sócio cultural e econômico é atribuir rótulos de maneira rasa. O que Singer acerta nas questões relativas a senciência e direito dos animais, erra em relação as pessoas. Um livro muito interessante para combater esse tipo de ideia mediana a respeito da "natureza" humana é do historiador Rutger Bregman, Humanidade: uma história otimista do homem, onde ele segue no caminho inverso da percepção de Singer, apresentando diversas experiências e pesquisas científicas. Infelizmente nossa história até aqui e o atual sistema político-econômico não tem estimulado o que há de melhor em nós.

Me alegro sempre quando tem vídeo novo do Matheus Benites ele sempre traz assuntos muito relevantes

Concordo com Peter!!!

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Livros de Peter Singer: Libertação animal - amzn.to/3V5YIX0 Ética prática - amzn.to/44KDukN O maior bem que podemos fazer - amzn.to/3WNS2OK

Gostei do assunto. Realmente interessante algo a discutir

Singer está correto. Poucos conseguem enxergar a humanidade como ela realmente é. Singer não só percebeu uma das facetas da natureza humana, como também a expôs. E claro, incomodou e ainda incomoda a muitos. Já considerei a humanidade boa, mas reparando melhor, vi que em essência não é. Aí comecei a considerá-la ruim, diante da realidade e dos fatos - mas, mais uma vez, percebi que não era bem assim. Embora existam pessoas essencialmente boas e ruins, nenhum destes grupos é majoritário. Hoje considero a maioria das pessoas egoístas. Na verdade, a imensa maioria. A maioria de nós está mais preocupada com a própria sobrevivência, com os próprios prazeres, desejos, anseios e verdades. Somos bons e maus de acordo com a conveniência. Na vida diária é fácil de constatar isso. Percebemos as pessoas, por egoísmo natural ou imposição de uma realidade dura, lutando por si, pelos seus, e em defesa de seus grupos. O outro vem depois, quando sobra tempo, dinheiro e recursos. Singer percebeu isso. Muitos perceberam, mas poucos têm a coragem de expor esta realidade da nossa natureza. Sim, existem pessoas boas no mundo, mas é uma quantidade pequena. Como existem pessoas essencialmente ruins. Mas, via de regra, somos egoístas, e somos o que somos e fazemos o que fazemos de acordo com as circunstâncias e conveniências. Estamos evoluindo, um dia, quem sabe, seremos melhores.

Eu tendo a discordar dele, não acho que uma pessoa deva se sentir obrigada a ajudar a resolver os problemas do mundo ou de ninguém (com exceção de situações óbvias, do tipo uma pessoa estar morrendo do seu lado e você poder salvar a vida dela). Isso coloca um peso psicológico nos ombros das pessoas que tende a ser mais prejudicial para a sociedade no geral do que benéfico. Em se tratando de comportamentos morais como caridade, compaixão e altruísmo, quando se tenta impor isso às pessoas, por meio da condenação moral, surgem distorções que muitas vezes agravam os problemas, pois criam incentivos distorcidos. A caridade passa a ser feita não para ajudar as pessoas que precisam dela, mas para livrar quem faz a caridade da condenação social e da culpa de não ter feito, ou até mesmo para ser bem visto numa comunidade. Uma sociedade onde os indivíduos adquirem sua autoestima e seu valor moral de atos de caridade, sempre dará um jeito de existir pessoas miseráveis, a miséria se perpetuará. Atos de caridade devem vir de um sentimento genuíno de compaixão e não através da imposição moral ou de qualquer tipo. O mundo se tornaria um lugar muito melhor pra se viver se as pessoas evitassem prejudicar ativamente outras pessoas e procurassem serem mais independentes psicologicamente, em vez de tentarem ser santas.

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Matheus que tema super bem abordado! Excelente de ouvir ! Parabéns!

Singer nos faz refletir sobre como nos relacionamos com as pessoas e o mundo. E tem toda minha consideração em propor mais responsabilidade moral.

Ótimo conteúdo, concordo com Peter Singer

Curso "Ética e Metaética" (Cupom KZfaq): www.udemy.com/course/filosofia-etica-e-metaetica/?couponCode=KZfaq

Faça doações na Unicef: help.unicef.org/ggl-drtv?language=pt-br&gad_source=1&gclid=CjwKCAjwo6GyBhBwEiwAzQTmc7KT2DBjIQoS58JN2DZRg4qHCr3ueavJbPJn-wbySHQqrj2oFT9bahoCRuoQAvD_BwE

Boa noite 🌃

Sobre a sensciência dos animais não humanos e a obrigação de fazer o possível para minorar o seu sofrimento, eu assino totalmente em baixo. No entanto, penso que a caridade por si mesma mantém a fome e a pobreza. É um sistema que se retroalimenta há anos e anos. Não há solução fácil. Lógico que, para tapar rapidamente uma ferida se pode usar paliativos, mas seria mil vezes mais eficaz, por exemplo, taxar os super ricos conforme a evolução de suas fortunas. De fato, penso que é preciso internalizar e lutar por uma reforma tributária equânime, de modo que todos contribuam para o bem-estar coletivo, sem sobrecarregar ninguém, ao passo que cada um iria contribuir em acordo com sua renda. Ê claro que setia um item, apenas um. Porém, enquanto impera egoísmo, corrupção e demais instrumentos ideologizantes do sistema capitalista, a tendência é o individualismo vencer. Incentiva-se à competição ferrenha para a qual não há espaço para solidariedade, empatia, etc., somente vigora a meritocracia. Infelizmente, essa é uma visão que se espalha como um vírus. Mesmo pessoas de clase média que batalham muito para conseguir seus bens materiais, veem seu desgaste diário, nas metas a cumprir, na pressão por desempenho, no medo de não ser reconhecido profissionalmente... tudo isso passa a ser normal. E, quen fala sobre um tal sistema explorador das classes trabalhadoras é louco militante, revoltado com pensamento adolescente. Ou seja, ê mais fácil as pessoas se acomodarem aos grilhões do que moverem as correntes em parceria com os demais, do que lutar por tempo útil para dedicar à família, ao que realmente importa. Como diz a letra da música, "esse é um mundo estranho e mau". Se bem que essa mesma canção completa assim: "Mas se o amor chegar sem pedir licença e nos brindar com sua presença, você vai lembrar de alguém que cantava há muito tempo essa canção". Assim, acho que a humanidade de modo geral quer ser boa, mas não sabe como. Obrigada, Benites❤

ele tem um belo ponto. Não conhecia esse filósofo.

Ou seja, o imperativo categórico de Kant.

Não estando necessariamente errado, o senhor Singer, é no entanto, simplista. Legislar as obrigações morais dos outros, é muito arriscado. Acabar com a pobreza, não passa pela nivelação da sociedade. Isso já se tentou e o resultado foi atroz. Os recursos aplicados na corrida ao espaço, por ex. resolveriam o problema? "Tapariam alguns buracos" no imediato, é certo, mas o mundo dá sempre um jeito de nos renovar as necessidades. A formação pessoal é a melhor arma para prevenir carências e garantir o necessário para uma vida digna. Mas claro, isto também pode ser um bocado simplista, e em casos pontuais é mesmo preciso abrir a mão.

O grande problema é os desvios que são feito pelos intermediários dessas doações!!! Por isso não faço.

Doo mensalmente para O MSF, doava para LBV mas houve uma grande fraude de desvio que já foi esquecida....acho que nossos impostos municipais e federais deveriam ser melhor utilizados para que não houvessem tais situações mencionadas por vc em nossa cidade! Onde há piedade e doações demasiadas haverá sempre os aproveitadores também. pode gerar a indústria da doacao e facilitar desvios e roubos. Não é tão simples assim! No judaísmo a caridade é obrigação moral e não precisa ser alardeada. Faz se e pronto!

Qual o objetivo da musica de fundo?

Alguma dúvida???🤔

Isso me lembra a obra "O homem medíocre", do ítalo-argentino José Ingenieros. E tendo a concordar que o ser humano médio não é flor que se cheire.

Eu doo há muitos anos pra o Médico sem fronteiras e sou pró políticas sociais governamentais para uma melhor distribuição de rendas. Uma coisa que me incomoda muito aqui no Rio de Janeiro é o número alto de crianças e jovens nos sinais vendendo coisas ou pedindo dinheiro. Muito triste...

Senhor Singer, o senhor quer prescrever uma obrigação moral para que as pessoas sejam obrigadas a dar emolas? Já vimos isso acontecer e não funcionou. Em tempos passados a Igreja Católica dava uma espécie de cartilha moral de como os bobinhos deveriam agir em sua alcova. (isso é hilário kkkkk). Agora, o senhor Singer agindo assim parece mais um Guru religioso, ou um ressentido. O senhor nos dar um ótimo exemplo da moral do escravo. Uma pessoa não tem obrigação moral NENHUMA de fazer nenhum tipo de caridade e não tem problema nenhum se não fizer. Caso ela queira dar esmola tá tudo bem também. A fome no mundo e muito mais complexa do que obrigar pessoas através de algum tipo de moral a dar esmolas.

Nunca li o autor, mas pela exposição do vídeo me cheira a uma tentativa de imputar o problema da desigualdade social às classes baixa e média, como se o altruismo dos cidadãos comuns fosse resolver um problema mais complexo do que parece.

Não me autocensuro por comprar um tênis novo “supérfluo” em vez de doar para alguém descalço. Se tivesse uma condição financeira melhor, doaria, mas nesse momento não.

Também não me parece justo acusar sempre os governos quando já foram tomadas tantas medidas sociais no sentido de ajudar os mais necessitados, nem sempre merecedores que, ser pobre, por si só, não é sinónimo de honestidade. E culpar aqueles que vivem bem quando esse bem viver se deve não a uma riqueza latente mas a uma boa gestão de recursos que nas mãos de outros seriam consumidos hoje em detrimento do amanhã, é igualmente injusto. Enfim, é um assunto complexo, porém, muito pertinente. Boa escolha, senhor Benites.

Não é por não fazer sacrifícios pessoais para dar ajudar paliativas aos mais pobres que as pessoas são ruins. Não é quem tem o pouco que tem com o suor do seu rosto que tem obrigação de resolver os problemas causados por uma parcela muito pequena da população. O que é imortal é aceitar a existência da pobreza como algo inevitável e exaltar os responsáveis pela existência da pobreza, os ricos, como alguém digno de respeito, ou que mereçem o que tem. Se alguém tem obrigação moral de contribuir são os ricos. A única "obrigação moral" que a população em geral tem é a de construir um governo que taxe os ricos. Esse Papinho de moralidade só serve pra desviar o foco da causa real da pobreza e portanto da solução real.

O problema desse argumento do Peter Singer está na inobservância de que a empatia é seletiva e, por sua vez, nem toda empatia é boa. Um bom exemplo disso é o nepotismo.

Ele vendendo o curso, sendo que no site de Princeton o curso é gratuito, e traduzido para o Português. O Brasil nao é para amadores.